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domingo, novembro 26, 2017

Tendências da Segurança de Jornalistas - Relatório Global 2017-2018 UNESCO

Dinalva Heloiza - com informações da UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Em todo o mundo, o jornalismo está sob fogo.  Enquanto mais indivíduos têm acesso à conteúdos como nunca dantes, a luta contra a polarização política e as mudanças tecnológicas facilitam a rápida disseminação do discurso do ódio, misoginia e "falsas notícias", muitas vezes levando a restrições desproporcionais à liberdade de expressão. Em um número cada vez maior de países, os jornalistas enfrentam ataques físicos e verbais que ameaçam sua capacidade de reportar notícias e informações ao público.

Em face de tais desafios, este novo volume da série Tendências mundiais sobre liberdade de expressão e mídia desenvolve uma análise crítica das novas tendências da liberdade de mídia, do pluralismo, da independência e da segurança dos jornalistas. 

Com um enfoque especial na igualdade de gênero na mídia, o relatório fornece uma perspectiva global que serve como um recurso essencial para os Estados Membros da UNESCO, organizações internacionais, grupos da sociedade civil, academia e indivíduos que procuram compreender a mudança da paisagem global da mídia.

04)  Tendências da segurança de jornalistas


Entre 2012 e 2016, 530 jornalistas foram mortos, uma média de duas mortes por semana. Devido ao contínuo conflito e instabilidade, os assassinatos em partes da região árabe permanecem muito altos. Após um pico em 2012, a região africana testemunhou um declínio significativo nos assassinatos de jornalistas. 

O assassinato de mulheres jornalistas aumentaram durante o período, de cinco mulheres jornalistas mortas em 2012 para 10 em 2016. Embora os assassinatos de correspondentes estrangeiras tendam a obter a publicidade global, 92 por cento das jornalistas mortas durante este período eram repórteres locais. A impunidade por crimes contra jornalistas continua a ser a norma, com justiça em apenas um em cada 10 casos.

No entanto, os Estados-Membros mostraram uma maior capacidade de resposta ao pedido da então Diretora Geral Miss Irina Bokova, em disponibilizarem informações sobre o estado dos inquéritos judiciais relacionados aos assassinatos de jornalistas, com mais de 70% respondendo - em vários graus de detalhes - em 2017.

Em 2013, a Assembleia Geral da ONU declarou o dia 2 de novembro como o Dia Internacional para Acabar com a Impunidade por crimes contra Jornalistas, cada vez mais observado em todo o mundo.
Continuando com as tendências anteriores, também houve um aumento substancial de outras formas de violência contra os jornalistas, incluindo o sequestro, o desaparecimento forçado, a detenção arbitrária e a tortura. 

A região árabe viu um aumento acentuado em jornalistas tomados por refém pelos grupos extremistas violentos. A segurança digital é uma preocupação crescente para jornalistas em todas as regiões, com ameaças acentuadas pela intimidação e pelo assédio, desinformação e campanhas de difamação, desfiguração de sites e ataques técnicos, bem como vigilância arbitrária. As mulheres jornalistas, em particular, experimentaram um crescente abuso, perseguição e assédio contínuo.

Apesar das difíceis circunstâncias em que muitos jornalistas exercem suas atividades, foram tomadas medidas significativas para conscientização e impedir a violência contra jornalistas através do Plano de Ação da ONU sobre a Segurança dos Jornalistas e a questão da Impunidade. 


Desde 2012, a Assembleia Geral da ONU, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o Conselho de Segurança da ONU e a UNESCO adotaram 10 resoluções ou decisões relacionadas à segurança dos jornalistas. Uma consulta às múltiplas partes para revisão da implementação do Plano de Ação da ONU, o que ocorreu em junho de 2017 em Genebra, na Suíça, apresentando 30 opções em ações à serem consideradas pela ONU, Estados Membros, organizações intergovernamentais regionais, sociedade civil, atores da mídia, intermediários de internet e academia.

                                                                  Veja o Infográfico


Acesso ao Relatório em PDF - (Francês)

                                           Veja à seguir os Gráficos e Estatísticas deste painel de Estudos.

                                           Jornalistas mortos por ano e por região, 2012-2016


                                                  Jornalistas mortos por país, 2012-2016

                                             Mapa de Jornalistas mortos por região, 2012-2016 

                                                             Jornalistas mortos por país 2016

                                    Jornalistas mortos em países em conflitos armados, 2012-2016 

                                        Jornalistas mortos pelo status de emprego, 2012-2016

                                               Jornalistas mortos por tipo de mídia, 2012-2016

                                       Jornalistas locais e estrangeiros mortos, 2012-2016  

                            Status do inquérito judicial sobre o assassinato de jornalistas, 2006-2016

                     Status do inquérito judicial sobre jornalistas assassinados por região, 2006-2016

Resposta dos estados membro sobre as informações solicitadas pela UNESCO, sobre o status do inquérito  judicial, 2017. 

Porcentagem dos estados membros que responderam as informações solicitadas pela UNESCO sobre a segurança de jornalistas, 2013-2017.

                                         Jornalistas mortas por status de gênero, 2012-2016 


                            Resoluções da ONU sobre a segurança de jornalistas adotadas desde 2012. 


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